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keseyKenneth Elton Kesey, mais conhecido como Ken Kesey, nascido em 1935 e falecido em 10 de novembro de 2001 a os 66 anos de idade. Kesey foi um renomado escritor americano. Escreveu cinco novelas, ensaios, contos, escreveu alguns artigos para revistas e escreveu também uma peça. De sua obra, o que mais fez sucesso aqui no Brasil foi “One Flew Over The Cuckoo’s Nest” (Um Estranho no Ninho) de 1962. Foi adaptado para o cinema por Lawrence Hauben e Bo Goldman, dirigido por Milos Forman com Jack Nicholson fazendo o papel principal (R.P. McMurphy), uma das melhores atuações do Jack Nicholson.

Kesey fez jornalismo na faculdade de Oregon, onde ele recebeu em 1957 a graduação de “Speech and Communication” (similar a comunicação social, porem mais voltado a escrita). Em 1958 Kesey recebeu o premio “Woodrow Wilson National Fellowship” por sua criatividade na elaboração de um programa escrito para faculdade de Stanford.

Kesey foi voluntario em fazer parte de uma pesquisa financiada pela CIA, com o nome de “Project MKULTRA” sobre drogas em Menlo Park Veterans Hospital, experimentando uma variedade de psicoativos como LSD, que era legal na época, também experimentou mescalina, cocaína, amt, dmt e anfetamina IT-290. O teste foi feito durante algumas semana, Kesey sempre fazia anotações sobre suas experiências, uma delas foi o clássico “One Flew Over The Cuckoo’s Nest”. Depois de ter escrito o mesmo, Kesey continuou fazendo suas próprias experiências, desvinculado do governo; The Merry Pranksters.

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Em 1964 com a publicação da sua segunda novela; “Sometimes a Great Notion”, Kesey precisou fazer uma viajem a New York City onde encontrou Neal Cassady e alguns amigos (pre-The Merry Pranksters) e fez uma ‘trip’ atravessando os Estados Unidos em um ônibus chamado “Furthur”. Kesey não escreveu sobre os acontecimentos, quem escreveu foi o jornalista Tom Wolf em “The Electric Kool-Aid Acid Test”. A idéia era criar arte de forma que estivesse presente durante todos os dias de sua vida, isso foi os anos 60. Em sua volta para New York City, Neal apresentou Kerouac e Ginsberg para Kasey, onde logo depois foi apresentado para Timothy Leary, escritor americano que também fez diversos experimentos com psicoativos como também foi uma das primeiras pessoas a ser mandada para o espaço, um ícone da década de 60.

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Em 1965 Kesey foi preso por posse de maconha, em uma tentativa de fuga ele forjou suicídio com a ajuda de seus amigos empurrando seu carro em um penhasco perto de uma estrada da cidade e Eureka, junto com o carro estava uma nota; “Ocean, Ocean I’ll beat you in the end” (oceano, oceano eu ganho de você no final). Kesey foi para o México no fundo do carro de um amigo. Quando voltou para os Estados Unidos 8 meses depois, foi preso e enviado para “San Mateo Country Jail” em Redwood City, California, onde cumpriu cinco meses. Quando liberado, Kesey se mudou com sua família para uma fazenda em Plesant Hill, Orengon, onde ele passou o resto de sua vida.

KeseyKen Kesey é o elo perdido entre os beatniks e os hippies, Beatles e a década de 60. Ele foi o cara que imortalizou a cena psicodélica com base de psicoativos no norte da California. Não é tão conhecido no Brasil, apenas pela adaptação no cinema de “Um Estranho no Ninho”, seus outros trabalhos são quase impossíveis de serem encontrados traduzidos para o português. Mas de fato Kesey foi tão importante no movimento Beat como também foi para as pesquisas sobre drogas. É surreal imaginar Kesey viajando em um ônibus com Neal Cassady no volante, e um palco “armengado” em cima do ônibus, parando em cidades, fazendo apresentações bizarras. Para aqueles que adoram o movimento contracultural da década de 60, vale a pena ler “The Electric Kool-Aid Acid Test” de Tom Wolfe, um relato sobre a viajem de Neal e Kesey antes mesmo do LSD explodir.